quinta-feira, 23 de junho de 2011

Isamara Alves fala sobre o ensino de música à distância

A seguir a entrevista de Isamara Alves para o site da Yamaha Musical do Brasil:

"Doutorada em Educação pela Universidade Federal de São Carlos e Mestre em Educação pela mesma universidade, a flautista Isamara Alves atua na área de educação à distância no programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFSCar e, desde 2007, compõe o corpo de professores efetivos do Departamento de Artes e Comunicação da mesma instituição. Além disso, é especialista em Educação pela PUC-SP e possui bacharelado em Música - Flauta Doce pela faculdade de Artes Alcântara Machado (1996). 

O projeto do Governo Federal de educação musical à distância do qual a flautista faz parte, o UAB, tem como um de seus principais objetivos expandir a oferta de ensino superior gratuito e de qualidade para mais pessoas e, em lugares longínquos do Brasil.

As vantagens do projeto, segundo Isamara, são: a flexibilidade de espaço e tempo para estudo. "Nossas atividades são em grande parte assíncronas e realizadas num ambiente virtual de aprendizagem. O aluno precisa ter acesso a uma boa conexão com a internet e o pólo de apoio presencial oferece isso", afirma. 

Os pólos de apoio presencial são as unidades operacionais para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância pelas instituições públicas de ensino superior no âmbito do Sistema UAB. Mantidos por Municípios ou Governos de Estado, os pólos oferecem a infraestrutura física, tecnológica e pedagógica para que os alunos possam acompanhar os cursos à distância.

"Excluiríamos muita gente se dependêssemos somente de recursos próprios. O aluno pode administrar qualquer hora do dia para fazer suas atividades, mas precisa estar disponível diariamente", completa Isamara.
O projeto é voltado para alunos trabalhadores e que não tiveram a oportunidade de cursar o ensino superior logo após o término do Ensino Médio. O foco principal do programa UAB é a formação de professores. Interessados no programa podem acessar o site da UFSCar (www.ufscar.br) e procurar informações em Graduação - Cursos à Distância.

Sobre a importância do estudo da flauta doce para o desenvolvimento de carreiras musicais, Isamara expõe que não pensa a flauta doce como instrumento "trampolim" para carreiras musicais. "Ela é o instrumento pertinente à formação estética musical de quem se interesse por música. Pensá-la como instrumento de passagem é o que, muitas vezes, ajuda a ferir sua imagem e projeção como instrumento musical profissional tanto quanto outro. Entendo e reconheço que muitos projetos de iniciação inserem a prática da flauta doce como procedimento obrigatório, mas insisto com todos os meus alunos das licenciaturas (presencial e a distância) que esta vivência só será pertinente se soubermos trabalhar as especificidades da flauta doce, criarmos contextos musicais estimulantes, criativos e com orientação técnica responsável. As carreiras musicais serão favorecidas com práticas bem orientadas, fundamentadas, independente do instrumento de escolha, e realizadas por quem tenha domínio no instrumento", pontifica."

FONTE: 
http://www.yamahamusical.com.br/paginas/institucional/news-sopros/isamara-alves.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O futuro do Educador Musical no Brasil, mediante o uso das novas tecnologias.


A Educação Musical no Brasil, bem como a Educação, vem passando por um processo de problematização de suas práticas, concepções e políticas públicas na área, uma vez que a própria sociedade está em transformação.

Com a alteração da LDB a partir da Lei n. 11.769 de  11 de agosto de 2008 1, a educação brasileira volta a reconhecer a Música como disciplina na educação básica, o que traz um campo aberto aos educadores musicais nas escolas brasileiras.

Primeiro, é a questão de acesso à formação de profissionais na área de Educação Musical. Algumas universidades e o próprio MEC já vêm recorrendo há alguns anos à Educação à Distância como modalidade para favorecer o acesso à formação acadêmica e continuada. O programa Universidade Aberta do Brasil (UAB)2, do Ministério da Educação é um exemplo de iniciativa para favorecer a ampliação na formação de professores, utilizando-se da modalidade Educação à Distância para a oferta de Ensino Superior.

Educação  à  Distância,  segundo  Moran3   é o   processo  de   ensino-aprendizagem,  mediado   por  tecnologias,  onde  professores  e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.” O mesmo autor4 vislumbra que essa modalidade tenderá a aumentar ao longo dos próximos anos, bem como a utilização das tecnologias de informação serão incorporadas à Educação de forma que os cursos serão mais flexíveis quanto às necessidades vigentes, utilizando aulas presenciais e virtuais.

Assim, percebe-se que a Educação à Distância (EaD) torna-se um instrumento a favor do acesso à formação em Educação Musical para um número maior de futuros profissionais na área, uma vez que, principalmente para um público de estudantes que trabalham (havendo a questão da disponibilidade de horários) e moram em regiões de difícil acesso a um curso universitário em Educação Musical (questão espacial), a EaD por sua flexibilidade espaço-temporal, atende essas necessidades. 

Segundo, a questão é quanto a qualidade na formação em Educação Musical. Com o desenvolvimento de novas tecnologias da informação aliadas ao processo educacional, os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs) surgem com possibilidades de favorecer a interação por meio de ferramentas de comunicação online, como fóruns, chats, glossários, diários, wikis, e outros, para que o conhecimento seja construído coletivamente.

Entende-se que o processo ensino-aprendizagem deve-se basear na interação entre professor-conhecimento-aluno-conhecimento-aluno, e no caso de EaD, temos também a atuação de tutores virtuais que mediam a relação entre alunos e professores. Os conhecimentos teóricos que são trabalhados através da interação, constituem uma dialética entre os conhecimentos prévios dos alunos e o material estudado, e quando esses são postos em discussão numa construção coletiva, o processo de aprendizagem é favorecido.   

Na  questão  da  formação  musical,  temos  ainda  a  relação  com a execução  musical, o trabalho com  grupos, a interação  com os  alunos, e  nesse  sentido, se  faz  necessário  aulas  vivenciais  para  o  exercício de técnicas estudadas e recriadas, além da importância de um estágio onde se coloque na prática os conhecimentos elaborados. Não é possível pensar na formação do educador musical sem a experiência da relação humana concreta, pois a sensibilidade ao outro e à dinâmica de um grupo é primordial no desenvolvimento educacional e artístico, principalmente se tratando de um público de crianças e/ou jovens, e pessoas com mais de 65 anos.


A formação do educador musical na modalidade de EaD também traz a perspectiva de  trabalho com   esses  recursos   tecnológicos,    podendo o  mesmo também atuar em formações nessa modalidade, uma vez que estará mais familiarizado com os AVAs. Além disso, há um outro aspecto, de recursos tecnológicos musicais, que vem facilitando o ofício do músico na área de composições eletrônicas digitais, gravações e edição de partituras.
        
A formação ética e moral desse profissional deve ser realmente efetiva, uma vez que a facilidade de se plagiar ou desrespeitar direitos autorais devido o acesso a informações que a internet possibilita tem que ser levado em consideração. Da mesma forma que se quer garantia de direitos quando se produz um bem intelectual/artístico/cultural, também deve-se primar no educador musical o respeito ao trabalho alheio e o dever de formar em seus alunos essa consciência ética.
Assim, o futuro do Educador Musical será permeado pelo uso das novas tecnologias, tanto  na  ação  musical,  como  na  possibilidade de acesso a uma formação profissional que espera-se ser de qualidade, para a missão de resgatar a cultura musical brasileira, o prazer de ouvir e fazer música por meio da educação.

Débora Priscila Panhoto - texto escrito em 05/06/2009.

Referências Bibliográficas:

1 - PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei 11.769 de 11 de agosto de 2008. Disponível em:  <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm>.  Acesso em: 05 de jun. 2009.

Acesso em: 05 de jun. 2009.

3 – MORAN, J.M. O que é educação a distância. Disponível em : <http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm>. Acesso em:  05 de jun. 2009.

4 - MORAN, J.M.  Tendências da educação online no Brasil. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/tendencias.htm>. Acesso em: 05 de jun. 2009.


IMAGENS:

EAD. Disponível em: <http://carreiradeti.com.br/wp-content/uploads/2008/12/ead.jpg>. Acesso em: 05 de jun. 2009.


000154. Disponível em: <http://www.netpar.com.br/fernandobit/000154.jpg>. Acesso em: : 05 de jun. 2009.

ELETRO. Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/overmixter/cctemplates/overmixter/eletro.jpg>. Acesso em: : 05 de jun. 2009.



O que é Educação à distância - Texto de José Manuel Moran


(texto disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm) (*)



Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.
Bibliografia:
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.
Páginas na Internet
Página do Prof. Moran: www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm
Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead/ivonio
Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos em: http://www.edutec.net/Tecnologia%20e%20Educacao/edconc.htm#Ensino%20a%20Distância
_________________________
(*) Este texto foi publicado pela primeira vez com o título Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD - Centro de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dezembro de 1994, páginas 1-3. Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em 2002.

domingo, 5 de junho de 2011

Educação Musical: idéias e definições

FONTE: http://blog.opovo.com.br/educacao/files/2010/09/musica1.jpg

            A Educação Musical pode assumir diversos significados, conforme o período histórico, os conceitos e valores de cada autor.
            Para a Wikipédia, “Educação musical é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à música enquanto arte, linguagem e conhecimento. A educação musical, assim como a educação geral e plena do indivíduo, acontece assistematicamente na sociedade, por meio, principalmente, da industria cultural e do folclore e sistematicamente na escola ou em outras instituições de ensino.”
            Para o Maestro Júlio Medaglia, “o ensino musical na escola e, através dele, o acesso do jovem aos bens culturais, é a solução salvadora, na área da música, para as próximas gerações”. Essa definição ilustra uma forma comum nos dias de hoje, de valorizar a educação musical de atribuir até “poderes quase mágicos” para a educação musical.
            Gainza (1988), considera: “A educação musical deverá tender a desenvolver, mediante diversas atividades e processos musicais, a mais ampla gama de possibilidades humanas, e não apenas a tendência dominante.” Para a autora, a educação  musical também está ligada ao desenvolvimento humano, como parte complementar e estimulação de diversas funções cognitivas, afetivas e sociais.
            Assim, acredito que a Educação Musical tem um propósito social, porém nem mais, nem menos importante do que qualquer outra forma artística, e de desenvolvimento humano, no sentido biopsicossocial.
            A Educação Musical é uma arte, do ponto de vista estético e por trabalhar com o desenvolvimento estético de seus alunos para a música, é uma pedagogia, pois há métodos, técnicas, conceitos e valores educacionais, e pode ser uma ciência, tendo como objeto de estudo o processo ensino-aprendizagem da música, gerando pesquisas e novos métodos e teorias para o enriquecimento da área.

Referências Bibliográficas
GAINZA, V.H. Estudos de Psicopedagogia Musical. São Paulo, Summus, 1988. p.38

VISCONTI, M; BIAGIONI, M.Z. Guia para Educação e Prática Musical em Escolas. São Paulo, ABEMÚSICA, 2002.

WIKIPÉDIA. Educação Musical. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação_musical Acesso em 17 ago.2010.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Documentário: Profissão Músico

Olá pessoal,

 Um documentário bem interessante que mostra a realidade dos músicos que pretendem sobreviver da música.

 Vale a pena!!!

http://docprofissaomusico.blogspot.com/p/film.html?spref=fb

A Amizade possível em um curso de Educação Musical à Distância

Olá pessoal,

Gostaria de compartilhar a minha experiência com minha turma no curso de Educação Musical na modalidade à Distância.

Quando fazemos um curso semi-presencial, realmente os contatos pessoais são menores do que um curso presencial. Acho que esta modalidade é realmente mais indicada como formação continuada ou para pessoas que já fizeram um curso presencial, passaram pela experiência do contato diário com professores e colegas, mas para muitos que trabalham ou moram longe dos centros acadêmicos, torna-se a primeira e única experiência em um curso de gradução através da educação à distância.

Na minha experiência, no início do curso tivemos a disciplina de Introdução à EaD. Começamos a nos conhecer através do recurso Fórum, ferramenta muito utilizada no Moodle (é uma plataforma de educação à distância, muito utilizado na EaD, como se fosse uma sala de aula virtual), e através de muitos fóruns fomos nos apresentando, reconhecendo pessoas com experiências parecidas ou mesmo diferentes, mas onde comecei a descobrir que tinha muito a aprender com esta turma. 

A partir das atividades de discussão sobre vários temas da disciplina, começamos a trocar idéias, a construir conhecimentos coletivamente, sempre mediadas por uma tutora muito dedicada, a nossa querida Gislaine, que nos mostrava como "amarrar" as nossas conversas. E os laços foram se estreitando...

Depois tivemos a primeira avaliação, onde nos conhecemos pessoalmente. Aí aquelas fotos com quem convivíamos nos diálogos mediados pela tecnologia se transformaram em pessoas concretas, de carne e osso, e muitos abraços...

No nosso primeiro encontro presencial, marcou-se o início de uma interação linda. Onde todos tínhamos muito a aprender e ensinar. A experiência profissional e pessoal de cada um tornou-se interessante, despertou curiosidade, sempre mediadas por muito respeito, que de início era somente uma ação orientada pela netiqueta, mas depois assumiu o seu sentido profundo do res-peito (com o peito, com o coração).

Este encontro, organizado pela tutora, tornou-se uma grande confraternização, onde comemos e bebemos, e cantamos... Sim, muitos músicos na turma, e aqueles que tinham pouca experiência enquanto estudantes de música também trouxeram seu amor e dedicação à música.

A partir disto, tívemos (e estamos tendo) muitas outras disciplinas. Discussões produtivas de cada tema que estudamos, mas que a partir deste laço inicial, se configurou em relações de amizade, em ajuda mútua quando estamos precisamos fazer um trabalho em grupo (sim pessoal, na EaD fazemos muitos trabalhos em grupo), e quando recorremos por alguma dificuldade em alguma matéria para colegas que já tem um conhecimento sobre o assunto.

A minha turma é realmente muito especial... A disposição para o fazer junto, aprender junto, com certeza influenciará a nossa prática enquanto educadores musicais. A experiência da cooperação em um mundo capitalista basicamente competitivo, mesmo que construída basicamente mediada por tecnologias, pelo computador, tem construído afeto entre nós.

E temos uma caminhada juntos por mais 2 anos... ou por toda a vida, pois mesmo distantes por morarmos em cidades diferentes, a rede nos ligará sempre!

Deixo abaixo o vídeo que fizemos do nosso primeiro encontro, organizado pela tutora Gislaine.

Turma do G3 Osasco, amo vocês!!!

Beijos no coração

terça-feira, 31 de maio de 2011

Programas livres para edição de partitura e gravação

Olá pessoal,

Temos programas livres, ou seja, gratuitos, que facilitam bastante a vida do músico.

Para a edição de partituras, temos o software Musescore, que é um editor de partituras, com a maioria dos recursos normalmente usados em softwares pagos, que facilita bastante a escrita musical. Após escrever a partitura, você tem a opção de salvar em pdf, midi ou pelo próprio programa para depois reeditá-lo.

Para baixá-lo: http://musescore.org/  É só clicar no Download da versão 1.0 e instalar. Esta última versão funciona com mais eficiência das versões anteriores. Vale a pena!

Para realizar gravação de áudio, principalmente para quem faz gravações em casa de seus instrumentos, o Audacity também é uma boa opção. O Audacity, também livre e gratuito, possibilita através de uma linguagem simples realizar gravações em várias pistas, editar músicas, converte para wav e mp3.

Para baixá-lo: http://audacity.sourceforge.net/?lang=pt Além de baixar o Audacity, para que você consiga converter seus arquivos para mp3 é necessário o arquivo LAME. Baixe no: http://lame.buanzo.com.ar/

Depois de instalar o Audacity, na primeira vez que for salvar como mp3 ele solicitará o Lame. Então é só abrir onde salvou no seu computador que ele instalará o mesmo e converterá para mp3.

Grande abraço e qualquer dúvida, estamos por aqui!